segunda-feira, 21 de junho de 2010

7:32 a.m

No Banco


Não sei cantar, nem tocar, sou tão tédiante que chego a enjoar de mim mesmo a cada dia. Às vezes me deparo com tantas pessoas e seus talentos notáveis e explícitos que me incomodo com minha igualeis. Sempre procuro estar pronto para o “imprevisível” que me despreparo por tamanho aguardo.
Mas sempre procurei me esforçar, como filho, amigo, amante, vamos retirar o “amante” que desta palavra só sei o significado gramático. Mais como filho e amigo ainda assim fracasso, e pelas razões mais tolas possíveis, acho que não tenho complexidade pra essas atividades sociais. E dessa ineficiência sou perfeito, modelo raro e nisso sim, sou bom. Sou bom em falhar em nunca atingir a minha própria e inalcançável meta.
Mais de um tempo pra cá, tenho notado tamanha vontade, vontade essa que me faz transbordar de satisfação que é escrever, noto uma facilidade nisso. Pergunto-me,Porque nunca notei? E a resposta é instantânea, por que nunca o fiz com intensa necessidade, é acho que o melhor de escrever não é um resultado exaltado de pura satisfação nem ovações mais, uma conversa pessoalmente pessoal que não nos faz entendermos nosso eu mais profundamente mais, descrevê-lo em um jogo de caça-palavras que sempre se olha no final da pagina a palavra que não conseguimos vencer.
Vou-me agora apressando passos rumo a um estado que ainda, ainda irei descobrir na saudade do que não tive e na vontade de ter mais, do que sei que quero.


Hitalo Freitas.

2 comentários:

  1. Escrever é um dom, o dom de sentir e se fazer entender em palavras. O saber se expressar da forma mais significante. O dizer. :D (L)

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  2. Hitalo, isso é que eu chamo de conseguir ir no mais profundo de si mesmo. Parabéns!

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