segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pré-destinado.




Escrevo com a alma de um poeta desconfortado, se rumo para quê rumo? Às coisas, muitas delas sem sentido acontecendo nesse momento. Sorrio por pura tristeza de não ofertar um sorriso sincero e puro, no meu corpo guardo muitos corpos e me complico com tantos.
Quero identidade, plenitude, conhecimento, quero tanto, muito e esse querer constante de desejos, buscas incansáveis me entorpece de loucura em um corpo mal delegado, um corpo que abriga tantos e nenhum e que de nada serve. Como serei feliz se vejo uma imagem distorcida de tudo que suplico por não querer ter, ser e essa praga arraigada na epiderme, à cada extremidade do meu corpo se espalha como fogo em mata seca, sem direção, consumindo, quebrando o ciclo natural, transpondo tudo que há de bom em mim.
Todos querem felicidade, gestos humanizados, atitudes racionais, más como poderei? Como? Quero ser melhor, crescer, mais só encontro uma vontade submissa de completar uma vida sem escolha, pré-destinada, como uma maldição e assim acordo-durmo-suplico com um sorriso mal formulado e desesperado por um momento, apenas um de encontro com meu verdadeiro eu, com quem realmente nasci para ser e não sou. Ainda não sei o porquê dessa prova mais prometo a todos que a cada bombear de meus pulmões, matarei, subornarei, buscarei a resposta certa para da dúvida errada. 

                                                                                                     Hítalo Freitas.

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